Estações de transbordo flutuantes

Coluna Navegação em Foco - Luiz Omar Pinheiro

Estações de transbordo flutuantes

Em meio ao aumento da exportação de grãos pelos Portos do Arco Norte, um novo formato de operação de transbordo tem contribuído para o crescimento da capacidade de movimentação dos terminais amazônicos. São as estações de transbordo flutuantes, mais baratas, versáteis e rápidas de serem construídas do que as estações de transbordo tradicionais, instaladas em terra, usadas originalmente em operações de guerra, para garantir a transferência de carga entre embarcações sem a necessidade de atracar nos portos. A tecnologia chamou a atenção do presidente da Mega Logística, Eduardo Carvalho, há 24 anos, durante uma viagem aos Estados Unidos. “Eu vi que lá eles estavam descarregando e carregando um navio de sucata e daí pensamos: se pode fazer com sucata, pode fazer com qualquer coisa”, recorda o executivo. Foram sete anos até a construção do primeiro modelo ainda com uma operação pequena com minério de ferro. “A partir dali começamos a trabalhar num projeto mais robusto que tivesse capacidade de carregar navios Panamax com qualidade operacional e que resolvesse o problema dos portos, que já estavam afogados”, relata Carvalho. Com a queda nos preços do minério de ferro a partir de 2014 e o crescimento da infraestrutura de escoamento de grãos pelo Arco Norte do Brasil, a empresa fechou parceria com duas exportadoras de commodities agrícolas interessadas em contratar a operação 100% fluvial. Hoje são três Estações de Transbordo de Cargas (ETC) flutuantes operadas pela empresa no Arco Norte, de um total de quatro em operação na região. Em 2023, a Mega movimentou 3 milhões de toneladas de granéis vegetais sólidos, e agora a previsão é alcançar 5 milhões de toneladas este ano.

Esquadrão Netuno realiza a primeira patrulha marítima do ano

O Esquadrão Netuno (3°/7º GAv), da Guarnição de Aeronáutica de Belém, realizou a primeira patrulha marítima do ano, em conjunto com a Marinha do Brasil, na Base Aérea de Natal, durante o período de 16 a 19 de janeiro. A missão foi cumprida com o objetivo de dar continuidade no patrulhamento do litoral brasileiro, a fim de intensificar a presença do Estado e coibir crimes transfronteiriços e ambientais no limite da Zona Econômica Exclusiva (ZEE). Além da tripulação do Esquadrão Netuno, também esteve a bordo da aeronave (P-95 Bandeirulha) um observador naval, que conferiu os dados e características de diversas embarcações encontradas pela equipe do Netuno, a fim de enquadrá-las, conforme o objetivo da missão. O Esquadrão Netuno, sediado na Base Aérea de Belém, além de realizar operações de patrulha marítima, também cumpre missões de reconhecimento e busca e salvamento, com tripulações treinadas especialmente para esses tipos de serviços.

MARES & RIOS

COMANDO MILITAR DO NORTE - O Comando Militar do Norte (CMN) recebeu nesta quinta-feira (25) a visita institucional do Arquiteto e Urbanista, Guilherme da Rosa Bemfica. O profissional é o autor da proposta do Memorial Pracinhas da Amazônia e gentilmente cedeu a parte criativa do projeto ao CMN. O espaço, instalado há quase um ano na sede do Quartel-General Integrado (QGI), valoriza a bravura e a coragem dos ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Durante a visita, Guilherme da Rosa foi recepcionado pelo Comandante Militar do Norte, Gen Ex Guilherme (Foto), oportunidade em que foram renovados os votos de estima e consideração pelo trabalho desenvolvido em memória dos soldados da Amazônia.

BNDES AZUL - O BNDES anuncia dois bilhões de reais para a indústria da construção naval brasileira, que poderá contemplar o Pará, com tecnologia na utilização de combustíveis renováveis, como hidrogênio, amônia e metanol verde, reduzindo as emissões de gases em 40%. Segundo o presidente do BNDES, Aloisio Mercadante, 95% dos nossos produtos exportados deixam o país em navios, e por isso precisamos construir uma nova frota, de energia limpa, conforme exigência da Organização Marítima Internacional (IMO), a partir de 2030. Os recursos serão utilizados também para embarcações de suporte ao transporte de commodities, ao pré-sal, portos e estaleiros, além de fomentar o Fundo da Marinha Mercante, com créditos de mais de um bilhão de reais. “Nesse primeiro momento, os recursos serão para as regiões sul e sudeste, mas certamente chegarão ao norte e nordeste, porque já tivemos uma indústria naval pujante e temos tecnologia e mão de obra qualificada para voltarmos a crescer no setor”, afirmou Mercadante.

AE Rabello, AE Edgar Barbosa, VA Arruda e VA André Macedo durante o evento.

BR DO MAR - O diretor-executivo da Abac (Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem), Luis Fernando Resano, destacou que a lei de incentivo ao transporte de cabotagem, conhecida como BR do Mar, não apresenta redução nos custos operacionais da modalidade no Brasil. Resano enfatiza que, embora o texto tenha aumentado a oferta de navios para a atividade, não abordou os dois principais fatores que encarecem o transporte marítimo entre portos. A legislação, sancionada em 2022 durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), não conseguiu contribuir para a diminuição dos custos relacionados ao combustível e à mão de obra, de acordo com a avaliação do diretor. “Não haverá redução de custos na cabotagem, uma vez que os grandes custos na cabotagem são o combustível e a mão de obra, e nenhum desses dois fatores de custo foi abordado durante esse projeto de lei”, afirmou Resano.

Fonte: (CNF) Coluna Navegação em Foco

luizopinheiro@gmail.com

Por: (LCN) Luís Celso news

luiscelsonews@gmail.com