Após declarações do presidente Lula, setor industrial paraense reforça a importância da exploração de petróleo na Margem Equatorial

A Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) avalia que o Pará é um dos mais prejudicados pelo impasse provocado pelas negativas do Ibama.

Após declarações do presidente Lula, setor industrial paraense reforça a importância da exploração de petróleo na Margem Equatorial

Mais de um ano após o indeferimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a licença solicitada pela Petrobras para a perfuração no bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas, o assunto volta a repercutir diante das declarações do presidente Lula que, na quarta-feira (12), defendeu a exploração de óleo e gás na Margem Equatorial como uma oportunidade de crescimento do país. As declarações do presidente vão ao encontro dos anseios do setor industrial paraense, que também vê na atividade uma janela de oportunidades para o desenvolvimento dos estados da Amazônia.

A Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) avalia que o Pará é um dos mais prejudicados pelo impasse provocado pelas negativas do Ibama. Segundo a entidade, a incerteza tem gerado uma guerra de narrativas que dificultam as discussões sobre a importância da indústria petrolífera para municípios paraenses localizados na fronteira com a porção marítima do projeto. Assim como declarado pelo presidente Lula, a FIEPA destaca que "os debates devem ser feitos a partir de uma perspectiva iminentemente técnica, sem interferência de narrativas tendenciosas que defendem interesses dos que desejam imobilizar o desenvolvimento da Amazônia e impedir que a população possa usufruir da riqueza existente na região".

Estimativas preliminares apontam um potencial de 20 a 30 bilhões de barris na extensa área marítima, localizada no litoral Norte e Nordeste do País, considerada a nova fronteira para exploração de óleo e gás natural em águas profundas e ultraprofundas no Brasil. Na Margem Equatorial estão as bacias Foz do Amazonas (Pará-Amapá), Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

Com esse novo Pré-sal, o estado do Pará teria muito a ganhar. Podemos citar aqui um aumento na arrecadação de tributos e royalties provenientes da atividade, por exemplo. Com o crescimento das atividades portuárias e marítimas, teríamos incrementos em infraestrutura e logística, o que contribui para atrair novos negócios e movimentar a economia em diversos setores. Isso tudo representa emprego, renda e desenvolvimento socioeconômico para quem vive aqui na região”, afirmou Alex Carvalho, presidente da FIEPA.

Nas declarações desta semana, sobre a Margem Equatorial, o presidente da república também enfatizou o compromisso com práticas legais e ambientalmente sustentáveis. Sobre isso, o gestor da FIEPA reforça que as atividades de exploração de óleo e gás seguem rigorosos mecanismos de governança para garantir a transparência e a segurança na indústria. “Nós não apoiamos a ilegalidade porque essa é uma prática completamente nociva para a competitividade das nossas indústrias e resultam em grandes impactos ambientais e sociais. Neste caso, quando falamos da atividade petrolífera, acreditamos que a Petrobras seguirá os preceitos legais e ambientais, levando em consideração sua expertise técnico-científica reconhecida internacionalmente na exploração em águas profundas e ultraprofundas”, analisou Carvalho.

Segundo Carvalho, os recursos provenientes das atividades petrolíferas deverão ser investidos na diversificação da matriz energética e geração de energias renováveis o que reduzirá a dependência de combustíveis fósseis, mitigando os impactos ambientais. “Acreditamos que a indústria de óleo e gás funcionará como uma financiadora dessa transição energética no país e o Pará tem muito a contribuir com essa agenda nacional, uma vez que possuímos aqui um alto potencial para produção de energia hídrica e eólica offshore”, avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará.

Empregos – Em março deste ano, um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre os impactos econômicos e sociais da produção de petróleo na Margem Equatorial brasileira mostrou que a atividade tem o potencial de criar no Pará cerca de 52 mil empregos e um acréscimo de 6,2% ao PIB, o equivalente R$ 10,7 bilhões. Para a FIEPA, o estudo comprova os impactos positivos da atividade, que deverá gerar oportunidades para que o Estado do Pará avance econômica e socialmente.

Um projeto desse porte representa um salto no desenvolvimento econômico no Estado. Ao se instalar, deve gerar reflexos positivos em diversas áreas, como educação, saúde, pesquisa e qualificação de mão de obra, empregos, importantes para garantir um processo de desenvolvimento sustentável e inclusivo e para reverter muitos dos déficits socioeconômicos que perduram e impõem ao povo amazônico uma vida com poucas perspectivas”, conclui o presidente da FIEPA.

Fonte: Gerência de Comunicação FIEPA

Por: (LCN) Luís Celso News

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