Marinha do Brasil - Uso de drone revoluciona a atualização de cartas náuticas

Coluna Luís Celso Borges - Quarta-feira

Marinha do Brasil - Uso de drone revoluciona a atualização de cartas náuticas

No vasto horizonte dos oceanos, a precisão das cartas náuticas é vital para a segurança da navegação. Elas permitem o planejamento e a execução da trajetória que leva a embarcação até o ponto de destino de maneira segura e eficiente. Diante da necessidade de atualização das cartas náuticas em Águas Jurisdicionais Brasileiras, a Marinha do Brasil (MB) tem empregado aeronaves remotamente pilotadas (ARP), comumente conhecidas como drones. O uso dessa tecnologia traz benefícios, como facilidade de armazenamento e de transporte, segurança, rapidez e economicidade.

Segundo o Superintendente de Segurança da Navegação do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), o Capitão de Fragata Anderson Barbosa da Cruz Peçanha, é esperado um impacto positivo crescente na eficiência operacional e na qualidade das cartas náuticas após a adoção do uso dos drones. “Espera-se um aumento na qualidade das cartas náuticas nas mais variadas escalas disponíveis, uma vez que a incerteza inerente às imagens satélites pode, em algumas situações, inviabilizar o seu uso para a atualização de contorno em cartas náuticas de grande escala. Cartas de grande escala são aquelas com maior nível de detalhamento. Normalmente, estão associadas às áreas onde a navegação é considerada crítica, como as cartas que cobrem regiões de portos e atracadouros,” ressalta.

Antes do uso dessa tecnologia, a atualização da linha de costa - linha que separa a terra do mar - era feita por meio do Sistema Aerotransportado de Aquisição e Pós-Processamento de Imagens, homologado para emprego nas aeronaves UH-12 da MB. As comissões com o Sistema tinham um custo aproximado de 110 mil reais, enquanto que as com o ARP têm, em média, um custo de 20 mil reais, o que representa uma economia de cerca de 80%.

Desde 2022, os drones estão sendo usados pelo CHM, por meio de mosaicos de imagens capturadas pelos equipamentos. Essa fronteira entre o mar e a terra é dinâmica e está em constante mudança devido a processos naturais, como a erosão e a sedimentação. Já foram coletados dados nos seguintes estados: Rio de Janeiro, Alagoas, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Em 2024, a previsão é de que esse trabalho deve ser feito na Paraíba e no Rio Grande do Sul.

Cartas Náuticas


As cartas náuticas são documentos cartográficos que resultam de levantamentos de áreas oceânicas, mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer outra massa d’água navegável e que se destinam a servir de base à navegação.

Elas existem nos formatos analógico (papel) e digital (raster, geotiff ou Electronic Nautical Charts). De acordo com as Normas da Autoridade Marítima, as embarcações que navegam em Águas Jurisdicionais Brasileiras necessitam portar a carta náutica em algum formato, salvo exceções conforme as dimensões das embarcações ou o fim a que se destinam.

Na qualidade de Serviço Hidrográfico Brasileiro, cabe à Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), manter, por meio do Centro de Hidrografia da Marinha, todas as cartas náuticas em Águas Jurisdicionais Brasileiras atualizadas. Além das cartas náuticas em papel, o CHM produz, também, cartas raster e cartas náuticas eletrônicas.

Clique aqui e saiba mais sobre as cartas náuticas. (Fonte: Agência Marinha de Notícias)

Equipe do Centro de Hidrografia da Marinha durante coleta de dados em Recife (PE) – Imagem: Marinha do Brasil

EDUCAÇÂO SISU

Em 22 de janeiro, o Ministério da Educação (MEC) iniciará as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que, em 2024, passa a ter apenas uma edição anual. A seleção ofertará 264 mil vagas em instituições públicas de educação superior. A maioria delas, 45%, está concentrada em universidades públicas do Nordeste. As instituições do Sudeste vêm na sequência, com 32% das vagas. Já o Sul tem 12% das vagas; o Centro-Oeste, 8%; e o Norte, 4%. Os números são preliminares e podem se alterar até o início das inscrições. (Matéria completa no site: www.luiscelsonews.com.br).

ALMOÇO DE TRABALHO

No dia 9 de janeiro, o Diretor-Presidente da Pará River Pilot (PRP) , Sr. Marcelo Salgado participou de uma reunião de confraternização com o presidente e o diretor financeiro do SINDAMPA, Sr. Anderson Costa e Sr. João Antonio Garcia, respectivamente.
Durante o evento, foram traçadas metas operacionais e discutidos os projetos para a Zona de Praticagem (ZP-03), afim de aperfeiçoar e incrementar novas diretrizes para os clientes, além de fomentar o atendimento dos navios que aportam à ZP.

DNIT INFORMA

COMERCIO

Os preços internos do trigo iniciam 2024 em alta. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem do menor volume do produto colhido com boa qualidade (PH 78).

Em relação às transações externas, em dezembro, chegaram aos portos brasileiros 395,75 mil toneladas de trigo, 23,1% a mais que o volume importado em novembro, mas 20,6% inferior ao de dezembro/22, conforme dados da Secex.

Nos últimos 12 meses, as aquisições somaram 4,18 milhões de toneladas. As exportações, por sua vez, atingiram 295,79 mil toneladas em dezembro, acima do volume embarcado em nov/23 (1,14 tonelada), mas abaixo do de dez/22 (534,19 mil toneladas). Em 12 meses (de janeiro/23 a dezembro/23), as vendas externas totalizaram 2,4 milhões de toneladas.

colheita de grãos no Brasil deve alcançar 312,8 milhões de toneladas na temporada 2023/24, estima a consultoria Cogo. A projeção representa um recuo de 2,19%, ante o recorde do ano comercial anterior 2022/23, de 319,8 milhões de toneladas, e queda de 1,32% ante a estimativa de dezembro, de 317 milhões de toneladas.

A consultoria destaca em nota que a área de plantio da soja cresceu 1,1 milhão de hectares (2,6%) em 2023/24, ante expansões médias de 2,4 milhões de hectares/ano nas últimas três safras. Apesar disso, o excesso de chuvas na região Sul e o déficit hídrico no Centro-Oeste, Pará e Matopiba (áreas de Cerrado no Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) marcam o plantio da safra atual.

Diante desse cenário, a consultoria reduziu a sua estimativa de safra de soja para 155,2 milhões de toneladas, baixa de 5% ante a estimativa inicial de 163,4 milhões de toneladas. A Cogo destaca, ainda, que as boas produtividades previstas para as regiões Sul e Sudeste deverão compensar parte das perdas previstas para as regiões Centro-Oeste e do Matopiba.

Levantamentos do Cepea mostram que os preços do açúcar cristal branco negociado no spot de São Paulo caíram na primeira semana de 2024.  

De 2 a 5 de janeiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ (cor Icumsa de 130 a 180) foi de R$ 146,52/sc de 50 kg, recuo de 2,09% sobre a do período anterior. No acumulado dos cinco primeiros dias do ano, a desvalorização foi de 4,73%.

Os preços do etanol hidratado negociado no spot do estado de São Paulo iniciam o ano em queda.

De 2 a 5 de janeiro, o Indicador Cepea/Esalq teve média de R$ 1,8741/litro (líquido de ICMS e Pis/Cofins), baixa de 1,38% comparando-se com a semana anterior; para o anidro, o Indicador Cepea/Esalq registrou pequena variação positiva de 0,8% no mesmo período, a R$ 2,1262/litro (líquido de PIS/Cofins).

Saiba como estão as cotações das principais commodities agrícolas na terça-feira (9) nos mercados internacionais:

  • Soja: janeiro/24 tem alta de 0,28%, a US$ 12,49 por bushel em Chicago
  • Milho: março/24 tem avanço de 0,21%, a US$ 4,56 por bushel em Chicago
  • Trigo: março/24 tem elevação de 0,75%, a US$ 6,00 3/4 por bushel em Chicago
  • Café arábica: março/24 tem ganho de 1,76%, a 184,60 centavos por libra-peso em Nova York
  • Açúcar: março/24 opera com elevação de 0,73%, a 21,90 centavos por libra-peso em Nova York
  • Algodão: março/24 tem valorização de 0,60%, a 80,91 centavos por libra-peso em Nova York

Uma maravilhosa e abençoada quarta-feira a todos, a coluna volta no domingo

 

Fontes: (CLCB), Ascom/DNIT, Canal Rural e Agência/Safras

Por: (LCN) Luís Celso News

luiscelsonews@gmail.com