Fracassa primeira tentaiva de reflutuar o navio Forte São Felipe
A embarcação encalhou no início da tarde deste sábado, 17, na entrada do canal da Alumar, carregado com 23 mil toneladas de bauxita.
12h20 da tarde de sábado, 17. O navio "Forte São Felipe", em plena operação de descarga com 58 mil toneladas de bauxita no terminal privado da Alumar, é oficialmente orientado pela administração do porto que a operação seria interrompida. Motivo: uma pane em um dos guindastes do cais.
Ação seguinte. Seria necessária uma operação chamada de troca de bordo, para que, o procedimento de descarga continuasse do outro lado da embarcação. Lado oposto ao de origem do início da faina.
Quando atracou, no início da manhã deste mesmo dia, o navio Forte São Felipe tinha em seus porões, 58 mil toneladas de bauxita. Ao ser interrompida a faina, já com 35mil toneladas descarregadas, o navio inicia a o procedimento de desatracação, agora carregado com pouco mais de 23 mil toneladas.
12h12. O navio Forte São Felpe inicia, com pratico a bordo, o que seria uma rotineira desatracação para a considerada, e necessária troca de bordo, em virtude dos problemas operacionais do caís da Alumar. Aqui uma das incógnitas. “Não entendi o porquê da necessidade de ir lá fora, na baia, quando esse tipo procedimento, com ajuda de rebocadores, é feita na própria área do canal da empresa” questiona um marítimo em um dos grupos de portuários do Maranhão onde o assunto liderou todas as discussões.
12h47. Percorrido quase 4 km, (pouco mais de 2 milhas) já fora no canal, o FSF executa com sucesso a virada e inicia a viagem de volta para o Terminal da Alumar. Naquele momento, com uma maré acima dos 4m, o canal oferecia um calado de quase 12 metros. Profundidade mais que suficiente para a navegabilidade do navio. Sobretudo agora, com menos da metade da carga inicial.
Entre 12h35 e 13h21, pouco menos de 2km percorrido já na viagem de volta ao terminal de origem, o FSP encalhou. Aqui a segunda grande incógnita: Porque fora do canal? Na área escolhida para retornar ao caís, todo bom marinheiro sabe, a lâmina d´água é sabidamente menor e considerada insegura para manobrilidade de um navio desse porte. Vale dizer que, por o encalhe ter ocorrido fora do canal, o tráfego de navios (entrada e saída) ao terminal da empresa não sofreu qualquer tipo de interrupção.
A primeira tentativa de reflutuarão aconteceu as 1h39min de domingo e durou quase 3 horas. Porém, dada a gravidade do “assentamento do navio no leito onde está”, não teve êxito. Ouvido por Portosma, um pratico com mais 30 anos de experiência no Complexo Portuário do Maranhão foi didaticamente otimista. “Acho que só sai com “alivio” de carga e uma amplitude de maré mais favorável! No entanto, para aliviar carga depende de “cabrea” e “ balsas”, já que o navio não é um ” self load ship, e estes equipamentos não dispomos aqui em São Luís”. E completou: “Talvez, se fizeram uma avaliação mais técnica, deixem para tentar em uma amplitude de maré mais favorável".
Essa ideia parece ser recorrente. Uma outra opinião, também abalizada, sugere que as 23 mil toneladas de bauxita sejam retiradas do Forte São Felipe e apostar que, menos pesado, a reflutuação tenha mais chances de dar certo. A próxima maré alta, de 4,9m, será às 14h deste domingo.
Em Nota, a Alumar se manifestou sobre o acidente:
“Na tarde deste sábado (17), um navio que atende a logística da Alumar encalhou na estrada do canal de acesso ao terminal de uso privado. Embora o navio não seja controlado e operado pela Alumar, imediatamente, após o ocorrido, o Consórcio se colocou a disposição para apoiar a Praticagem, o Armador no navio responsável, e as autoridades competentes. Foram acionados, preventivamente, O Plano de Emergência Individual (PEI) e o Plano de Ajuda Mútua (PAM). A Alumar reafirma o seu compromisso com os seus valores e os respeitos às pessoas e o meio ambiente.”
Fonte: Redação - PortosMa
Texto: Carlos Andrade, editor
Por: (LCN) Luís Celso News
E-mail: luiscelsonews@gmail.com
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