Círio de Nazaré: Marinha garantiu segurança da romaria fluvial, em Belém/PA

Cortejo na Baía do Guajará acontece um dia antes de uma das maiores festas religiosas do mundo

Círio de Nazaré: Marinha garantiu segurança da romaria fluvial, em Belém/PA
Photo; Primeiro-Tenente (RM2-T) Augusto Rodrigues

Uma das maiores festas religiosas do mundo, o Círio de Nazaré mexe com a rotina de Belém do Pará. Tradição que se renova há 232 anos, no segundo domingo de outubro, cerca de dois milhões de pessoas percorrem as ruas centrais da capital paraense, ao redor da imagem de Nossa Senhora de Nazaré. No sábado (12), véspera da grande procissão, a romaria fluvial atraiu milhares de fiéis, que acompanharam o cortejo nas águas da Baía do Guajará, conduzido pelo Navio Hidroceanográfico (NHo) “Garnier Sampaio”, da Marinha do Brasil.

A romaria fluvial começou às 9h, no trapiche do Distrito de Icoaraci, onde a imagem de Nossa Senhora foi recebida a bordo, com honras de Chefe de Estado, pelo Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen. Estavam a bordo, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o Governador do Pará, Helder Zahluth Barbalho, os Ministros de Estado do Turismo, Celso Sabino, e das Cidades, Jader Barbalho Filho, o Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, outras autoridades e representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

O cortejo encerrou pouco antes de meio-dia, na Escadinha do Cais do Porto de Belém, onde a imagem peregrina recebeu homenagens de milhares de fiéis que a aguardavam em terra. A Marinha do Brasil empregou 420 militares nas ações de logística, segurança e controle do tráfego aquaviário durante o evento, que transcorreu sem acidentes: 210 embarcações, previamente inscritas e inspecionadas pela Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), estavam autorizadas a permanecer ao redor do “Navio da Santa”.

Além do NHo “Garnier Sampaio”, a Marinha do Brasil empregou, durante a romaria fluvial, o Navio-Auxiliar “Pará”; os Navios-Patrulha “Bracuí”, “Bocaina”, “Guarujá” e “Pampeiro”; o Navio Hidrográfico Balizador “Tenente Castelo”; a Lancha Balizadora “Vega”; os Avisos Hidroceanográficos Fluviais “Rio Xingu” e “Rio Tocantins”; e as Agências Escolas Flutuantes “Ajuri II” e “Mutirum”.

Círio de Nazaré

O primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793, com a organização do presidente da Província do Pará, Dom Francisco de Souza Coutinho. Há diversas versões para o início da devoção à Nossa Senhora de Nazaré, em Belém. A Arquidiocese de Belém reconhece que, em 1700, Plácido José de Souza encontrou uma imagem de Maria, com o menino Jesus nos braços, às proximidades de um curso d’água. As narrativas apontam Plácido como agricultor, caçador, fidalgo ou, simplesmente, “caboclo”.

A imagem continha a inscrição, anotada em papel: “Nossa Senhora de Nazaré do Desterro”. Levada para um altar, na cabana de Plácido, a imagem “desaparecia” e retornava ao local onde fora encontrada. O milagre da “fuga da santa” se espalhou pela região e o local do achado virou ponto de peregrinação. Neste local, em 1909, teve início a construção de uma igreja dedicada à devoção. Em 1923, o Vaticano concedeu a esse templo o título de Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.

Romaria fluvial

A primeira romaria fluvial foi realizada pela então Companhia Paraense de Turismo, em 1986. Desde 1999, a imagem peregrina é conduzida pelo Navio Hidroceanográfico “Garnier Sampaio”. O NHo “Garnier Sampaio” foi construído em Lowestoft, na Inglaterra, e incorporado à Armada brasileira em 31 de janeiro de 1995.

O Navio encontra-se subordinado ao Centro de Hidrografia e Navegação do Norte (CHN-4), Organização Militar da Marinha sediada em Belém.

Fonte: Agência Marinha de Notícias
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Por: (LCN) Luís Celso News

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