Saiba como se tornar um Oficial do Quadro Técnico da Marinha
Edital do concurso de carreira já foi lançado e prevê 62 vagas, distribuídas em 15 especialidades; inscrições começam em 30 de abril

O dia 18 de fevereiro de 2019 foi especial para o agora Primeiro-Tenente (Quadro Técnico) da Marinha do Brasil (MB) Luiz Otavio Vieira Pereira. Naquele dia, após exaustiva dedicação aos estudos, o jornalista deixou de ser um trabalhador civil para iniciar sua trajetória como Oficial de carreira na Força.
O Primeiro-Tenente Otavio foi o segundo colocado no Concurso Público para Ingresso no Quadro Técnico do Corpo Auxiliar da Marinha (CP-T) em sua especialidade. À época, após vencer 803 concorrentes e cumprir com sucesso todas as etapas do certame, ele ingressou no Curso de Formação de Oficiais (CFO). Após cerca de 31 semanas de ensino e adestramento militar, foi incorporado às fileiras da Força.
“Passar no concurso foi um processo árduo. Cheguei a estudar 12 horas por dia, inclusive nos finais de semana. Além disso, precisei desenvolver sozinho esquemas mentais para a organização, compreensão e memorização do extenso conteúdo. No entanto, se por um lado o método era penoso, por outro ele foi fundamental para me adaptar a um dos princípios basilares das Forças Armadas: o da disciplina”, lembrou.
Em fevereiro deste ano, a Marinha divulgou o edital do Concurso Público para Ingresso no CP-T, com 62 vagas. As inscrições vão de 30 de abril a 14 de maio e têm como público-alvo brasileiros de ambos os sexos e com menos de 35 anos de idade. As vagas são para 15 especialidades de nível superior: Arqueologia, Comunicação Social, Direito, Estatística, História, Informática (banco de dados; desenvolvimento de sistemas; infraestrutura de T.I; e segurança da informação), Letras Português, Oceanografia, Pedagogia, Psicologia, Serviço Social e Segurança do Tráfego Aquaviário.
Carreira promissora
Assim como o Primeiro-Tenente Otavio, dezenas de brasileiros são aprovados anualmente no Concurso Público para Ingresso no CP-T e realizam o CFO no Centro de Instrução Almirante Wandenkolk, no Rio de Janeiro (RJ). Lá, os recém-admitidos se preparam para exercerem, em uma das organizações militares da MB espalhadas pelo Brasil, as profissões nas quais se graduaram.
O Primeiro-Tenente Otavio, por exemplo, graduou-se em Comunicação Social e, atualmente, é responsável pela Divisão de Atendimento à Imprensa do Centro de Comunicação Social da Marinha, em Brasília (DF). Como jornalista militar, o Oficial enxerga que a carreira proporciona a oportunidade de acompanhar e compreender a importância das ações voltadas à defesa do País.
Segundo ele, o jornalista da Marinha do Brasil (MB) também tem a oportunidade de documentar missões de caráter humanitário, como o importante trabalho desenvolvido pelos Navios de Assistência Hospitalar (NAsH), em apoio às populações ribeirinhas e às operações de paz. O Oficial mencionou, ainda, a estabilidade e o plano de carreira, que permitem ao militar se concentrar em seu desenvolvimento pessoal e profissional.
Motivação e exemplos
Outras trajetórias de sucesso na Força têm como motivação as experiências de família. O Capitão-Tenente (Quadro Técnico) Heliton Sabino Bríglia Ferreira, por exemplo, começou sua trajetória na MB em 2008, ao passar no concurso para Oficial Temporário.
Formado em Tecnologia da Informação e motivado pelo trabalho como Tenente Temporário, o Capitão-Tenente passou no Concurso para a carreira (CP-T) em 2014, alcançando o terceiro lugar dentre os que tentaram para essa especialidade. “Sou filho de Marinheiro, então nunca tive dúvidas de que meu maior motivador foi meu pai. Engraçado comentar que ele nunca verbalizou, insistiu ou pediu que eu seguisse a vida militar: minha motivação veio pelos seus exemplos”, lembrou.
Atualmente, o Capitão-Tenente Bríglia trabalha no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, no Centro de Prevenção, Tratamento e Respostas a Incidentes Cibernéticos do Governo.
Ao contrário do pai, que, segundo ele, nunca expressou o desejo de que o Oficial seguisse carreira na Marinha, a mãe não apenas manifestava essa vontade, como também o inscreveu no primeiro concurso do Quadro Técnico que ele prestou.
“Realizei o concurso 8 vezes, de 2007 a 2014 e, a cada ano, eu adquiria mais um pouco do material sugerido na bibliografia, além de experiência para a realização da prova. Basicamente, esse foi o método que escolhi. Fiz um curso preparatório focado para esse concurso nos dois primeiros anos e depois estudei pelo material da bibliografia e refazendo provas anteriores. Enfim, minha preparação foi lenta e difícil, como da maioria das pessoas que são aprovadas”, disse.
Saiba mais sobre o processo seletivo CP-T
Diferentemente dos processos seletivos do Colégio Naval e da Escola Naval, o Concurso para o CP-T prevê provas objetivas, discursivas (em caso de Bacharel em Direito) e redação somente em suas áreas de formação. Junto aos conhecimentos específicos, também é exigida a aprovação em eventos complementares, como verificação de dados biográficos, inspeção de saúde, teste de aptidão física, entre outros.
As vagas previstas para o Concurso do CP-T são parte das 174 disponibilizadas pela Força para candidatos de nível superior. Outros 5 quadros e corpos abriram vagas para o mesmo período de inscrições do Quadro Técnico. Confira aqui quais são.
Acesse, ainda, o portal da Agência Marinha de Notícias, o site de concursos da Força ou siga o perfil da Marinha nas mídias sociais para não perder nenhuma oportunidade. Vem pra Marinha!
Fonte: Agência Marinha de Notícias
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Por: Luís Celso News
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