Sistema Free Flow começa a ser testado no Paraná

Tecnologia, que já opera em maior escala em outros quatro estados, deve ter presença ampliada no Estado nos próximos anos

Sistema Free Flow começa a ser testado no Paraná

O Paraná deu início à fase de testes do sistema Free Flow, um modelo de pedágio que permite a cobrança automática sem a necessidade de paradas. A tecnologia, já adotada em cinco estados brasileiros, pode ter sua presença ampliada no estado nos próximos anos.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR), atualmente, o Rio Grande do Sul lidera a implementação do sistema, com seis pórticos em operação. São Paulo e Rio de Janeiro possuem três cada, mas o estado paulista projeta a instalação de 58 até 2030. Minas Gerais conta com um único pórtico. No Paraná, o teste ocorre no quilômetro 138 da BR-277, em São Luiz do Purunã.

O presidente do SETCEPAR, Silvio Kasnodzei, afirmou que o sistema permite a passagem contínua dos veículos, reduzindo paradas e otimizando o fluxo nas rodovias. As concessões preveem manutenção das vias e ampliação dos serviços de apoio.

De acordo com o membro suplente do Conselho Fiscal do SETCEPAR, Amadeu Clóvis Greca, a escolha dos locais para instalação dos pórticos depende de estudos estratégicos de tráfego. “A zona urbana contínua, por exemplo, deve ser evitada para que a cobrança da tarifa não penalize veículos em trânsito local. O modelo precisa garantir justiça tarifária, diferenciando os valores conforme a extensão percorrida na rodovia”, disse.

Greca também mencionou que as novas concessões devem incluir melhorias na infraestrutura e ampliação da capacidade das rodovias. Os contratos preveem um Programa de Exploração Rodoviária (PER), que estabelece prazos e detalha as obras planejadas. Além disso, incluem dispositivos operacionais como ambulâncias, guinchos, monitoramento por câmeras, viaturas de inspeção, caixas de escape, painéis de mensagens variáveis, radares, redutores de velocidade e bases de atendimento aos usuários.

A expansão definitiva do sistema depende de novas pesquisas e estudos técnicos para definir os pontos de instalação dos pórticos. O governo realizará audiências públicas para permitir a participação da população no processo.

Para Kasnodzei, o setor de transporte rodoviário de cargas será um dos maiores beneficiados com a adoção do Free Flow. “A fluidez no trânsito resulta em entregas mais ágeis, menor desgaste de freios e pneus e, consequentemente, redução de custos operacionais”, destacou.

 

Fonte: redação - Mundo Logística

Por: Luís Celso News

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